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30/08/2008 |
Info - Imobiliária norte-americana chega a Natal e aposta no mercado de luxo |
A Sotheby's International Realty, referência mundial em imóveis de alto – e altíssimo – padrão, quer colocar Natal em sua vitrine. A companhia está instalando seu escritório na capital potiguar, em Petrópolis. Será o terceiro no país e o primeiro no Nordeste. A previsão é ativá-lo em setembro.
Eles ainda não divulgam os empreendimentos que pretendem vender no estado. Mas adiantam que há mais de 15 projetos encaminhados, com extensões que vão de oito mil metros quadrados a 4,7 hectares, distribuídos entre áreas urbanas e praias, em Natal e no litoral do RN.
A origem norte-americana é algo pouco comum entre as estrangeiras presentes em Natal e mostra como a entrada do RN no circuito internacional dos imóveis. Muita gente quando vê esse tipo de notícia já se arma com pau e pedra. Eu, particularmente, continuo defendendo que "nem tanto, nem tão pouco". Precisamos cuidar de nossas belezas, da saúde do nosso estado e da força financeira das empresas locais, mas não podemos fechar as portas para o mundo.
A Sotheby's International Realty atua em centenas de escritórios nas Américas, na Ásia e na Europa. Boa parte dos clientes dela é composta de milionários e bilionários – entre eles há 68 das pessoas mais ricas do mundo segundo a Revista Forbes. Mas os executivos da empresa, que entrevistei hoje, explicam que “o negócio não é apenas preço”: “Vendemos experiências e estilo de vida, somos uma imobiliária de primeira classe”.
O grupo ao qual a companhia faz parte, que também se chama Sotheby's tem ainda outros serviços ligados ao mercado de luxo. Ele organiza famosos leilões de arte, faz avaliação de bens e trabalha com venda de diamantes. Esses produtos também estarão disponíveis para clientes em Natal, uma vez que as unidades Sotheby's trabalham em rede.
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Com luxo em alta, Sotheby's prevê faturar R$ 1 bilhão no país em 12 meses.
Crise nos EUA faz crescer investimento externo em imóveis no Brasil.
Objetivo é chegar a R$ 2 bilhões em vendas em 2010, afirma empresa.
Em meio à crise do crédito que abala a situação econômica dos países desenvolvidos, o Brasil está ganhando espaço no mercado imobiliário de luxo. A avaliação foi feita pelo vice-presidente internacional da Sotheby's Internacional Realty, Peter Turtzo. "A região do Brasil é hoje a maior oportunidade do setor, com a Ásia em seguida", afirmou ele nesta terça-feira (26), durante evento da empresa em São Paulo.
Segundo Turtzo, o mercado brasileiro está sendo "descoberto" pelos estrangeiros, não só como lugar de férias, mas também como investimento. Como resultado, a empresa, tradicional no mercado de luxo, espera alcançar vendas no país em torno de R$ 1 bilhão nos próximos 12 meses, chegando ao dobro disso até 2010. "Nossos planos para o Brasil são muito progressivos", afirma o executivo.
Para aproveitar esse fluxo – que cresce especialmente na região Nordeste – o grupo planeja abrir escritórios em João Pessoa, Natal, Maceió e Salvador. "Este ano devemos chegar a 250 mil imóveis vendidos até o final do ano. Mas há espaço para quatro vezes isso", diz Fábio Rossi Filho, principal executivo da Sotheby's Brasil. "Estamos vivendo uma retomada desse mercado."
De acordo com Rossi Filho, cerca de 20% dos compradores de imóveis de luxo no Brasil são estrangeiros – volume que tende a crescer. A avaliação da companhia é de que, com a entrada do Brasil no grupo dos países com investment grade, só 5% dos recursos estrangeiros previstos para entrar no Brasil já cruzaram a fronteira. "Mas essa força de compra não deve vir de uma vez, e sim aos poucos", afirma. |
Mercado brasileiro:
Com a valorização do real frente ao dólar, o mercado nacional perdeu atratividade para o comprador norte-americano. Mas está entre as preferências dos europeus, cuja moeda segue valorizada. Além disso, diz Fábio, os imóveis no Brasil ainda são muito baratos em comparação com o exterior.
"O Brasil é o 48º país no ranking de preço por metro quadrado nas grandes cidades", diz ele. "Mas a tendência é de alta, tende a subir nos próximos quatro anos". Hoje, em São Paulo, o metro quadrado de luxo é negociado, em média, a R$ 5 mil.
Por conta dessa diferença de preços, enquanto a Sotheby's no exterior classifica como "luxo" imóveis a partir de US$ 1 milhão, aqui a empresa trabalha com valores mais baixos. "Aqui luxo não é valor, é o diferencial do imóvel", diz Rossi Filho.
Além dos europeus, os russos também têm demonstrado interesse crescente pelo Brasil. Segundo Turtzo, há clientes daquele país interessados em um investimento de grandes proporções por aqui. Um fundo árabe também demonstrou interesse em comprar fazendas produtivas de alimentos no Brasil.
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Source : Tribuna do Norte - Emídia Felipe e Globo.com - 26/08/2008
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